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Grande Prêmio da Espanha: onde o bom e o mau perdedor se encontram

Uma imagem de um carro de Fórmula 1, mais especificamente da equipe McLaren, na pista de corrida de Barcelona, com a numeração "1", devido ao primeiro lugar conquistado ao final, e os patrocinadores, como Moët, visíveis no carro e em um painel à frente.
Oscar Piastro soma sete vitórias ao longo de toda sua carreira na F1, sendo cinco conquistadas apenas em 2025 (Foto: XPB Images)

O Grande Prêmio da Espanha de 2025 proporcionou um início de mês bem caótico para os torcedores da Fórmula 1. O fim de semana de corrida, que aconteceu entre os dias 29 de maio e 1 de junho, testemunhou a terceira ‘dobradinha’ da McLaren nesta temporada e, nem um pouco surpreendentemente, uma nova novela dramática entre os pilotos. Dessa vez, George Russell (Mercedes) e Max Verstappen (Red Bull) interpretaram os papéis de bom e mau perdedor.

Porém, mais impactante que declarações polêmicas via rádio ou ‘cercadinho’ de imprensa, foi o fim de semana praticamente perfeito da McLaren. À margem do circuito de Barcelona-Catalunha, a figura de um campeão mundial inédito tornou-se nítida… Oscar Piastri comandou desde a ótima qualificação ao garantir a pole position com facilidade. Realmente, todas as estatísticas estavam a favor da vitória de ‘Ice Boy’, como é apelidado por manter uma postura estóica mesmo sob pressão. 

Na mesma quali, Gabriel Bortoleto deu uma prévia da melhora de desempenho da Sauber, conquistando o décimo segundo lugar no grid, a melhor posição de largada do piloto brasileiro desde que passou a correr na F1. Por outro lado, a Ferrari já dava sinais mistos de desempenho; até o momento, somente Charles Leclerc consegue resultados decentes, enquanto seu parceiro de equipe, o heptacampeão Lewis Hamilton, ainda se adaptou do SF-25.

Dois pilotos jovens, Oscar Piastri e Lando Norris, vestidos com roupas de corrida de cor laranja e preta, estão em uma posição de celebração, provavelmente após uma competição de corrida. A composição da imagem mostra os dois rapazes próximos um do outro, com uma interação de celebração e camaradagem. Há uma sensação de triunfo e alegria na postura dos dois competidores.
A McLaren conquistou a terceira ‘dobradinha’ do ano no circuito de Barcelona-Catalunha (Foto: Mark Sutton)

Diante do sinal verde, Oscar Piastri conduziu o pelotão até uma vitória tranquila. No pódio, dividiu os holofotes com Lando Norris, também piloto da McLaren, e Charles Leclerc (Ferrari), que parece ter um talento especial na arte de correr o suficiente para encontrar um lugar entre os três primeiros. E, se Bortoleto já havia dado esperança para a Sauber no sábado de qualificação, o seu parceiro de equipe Nico Hulkenberg foi lá e alcançou o quinto lugar, algo quase inimaginável para uma equipe que vem sofrendo tanto com a performance do carro.

Mas, como nem tudo é tranquilo nas pistas, George Russell e Max Verstappen protagonizaram o embate polêmico da vez. Tudo – ou quase tudo –  ia bem no Grande Prêmio da Espanha até que, nas voltas finais, Verstappen recebeu ordem da Red Bull para deixar o britânico passar, afinal, o austríaco precisava cumprir a punição por ultrapassagem indevida. Nesse momento, Russell foi realizar a tomada de posição, sendo surpreendido por uma colisão.

Fato é que, aos olhos dos comissários de corrida, Max Verstappen realizou uma manobra perigosa o suficiente para resultar no desconto de dez segundos de seu tempo final de corrida e na soma de três pontos na sua carteira de piloto. Por isso, o tetracampeão está mais próximo do que nunca de uma suspensão. Ironia ou não, embora toda essa comoção tenha tomado conta do GP, o público concedeu o título de Piloto do Dia para Verstappen, que finalizou em décimo lugar.

De olho no próximo evento da Fórmula 1, o Grande Prêmio do Canadá, os torcedores podem se preparar para outra vitória da McLaren, possíveis surpresas da Sauber e, quem sabe, até mesmo uma redenção da Ferrari. Até o dia 15 de junho, quando os carros irão dar largada no circuito de Gilles Villeneuve, há também a possibilidade de vermos outro brasileiro na pista: Felipe Drugovich, piloto reserva da Aston Martin, que pode ser acionado caso Lance Stroll não se recupere da recente cirurgia no pulso.

Nathalia Tetzner

Estudante de jornalismo com experiência em produção de conteúdo diversificado. Desenvolvi habilidades em resenhas e críticas culturais como editora-chefe no projeto de jornalismo cultural Persona, colunas sobre os bastidores da Fórmula 1 no BlogF1 e conteúdos audiovisuais na TV Unesp. O meu momento favorito da F1 é a vitória de Lewis Hamilton no Grande Prêmio de São Paulo de 2021!

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